sábado, 3 de janeiro de 2009

Fernando Ruas aceita ajudar a pagar as despesas com o Magalhães

Num volte-face nada habitual em Portugal, sobretudo no estável mundo da política nacional, o Presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses veio já assumir publicamente que, afinal, as Câmaras Municipais aceitam ajudar a suportar os custos com o acesso à internet dos novíssimos computadores portáteis que o mundo inteiro, nomeadamente no território compreendido entre Vila Real de Santo António e Valença do Minho, já conhece por Magalhães.
A solução encontrada pelo representante dos autarcas é simples e já foi comunicada a José Sócrates, aguardando-se agora que este dê o seu aval à mesma.
Qual foi a solução?
Simples: o Governo ajuda, através de um subsídio global, cada autarquia a fazer face a essas despesas e estas, por seu turno, pagam a factura da internet.
" - Isto não tem nada de novo", como nos explicou Fernando Ruas, "pois esta táctica tem sido utilizada ao longo dos anos pelo Governo, que paga a factura das despesas que faz com o dinheiro de todos os cidadãos. Ou seja, e no nosso caso, nós pagamos, mas é com o dinheiro que o Governo nos dá!"
Brilhante, sem dúvida!
Hic Hic Hurra

4 comentários:

Ana disse...

Falam, falam, falam, mas o que seria deste país sem o Magalhães?
Hã?
Grande musa inspiradora (ou muso inspirador?) para tanto post publicado na net!
E não só.

À sua!

Anónimo disse...

Quem não aprecia lá muito tanta laracha é o Zé Magalhães, antigo comentador da SIC e da TSF e hoje secretário de Estado do Interior, aquele interior tão esquecido e que Sócrates pretende reabilitar.
Afinal, o Magalhães e este país andam por Ruas de amargura...
Outro zangado é o Fernão de... isso, Magalhães, que, de tão danado, mais parece Fernão Ferro. Não, Ferro Rodrigues, não!
Fiquemos por aqui...

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara vizinha Ana,

Nada tenho contra o Magalhães (existiram uns séculos a separar-nos e, por isso, não tive o prazer de o conhecer pessoalmente) navegador, nem contra o seu homónimo computador.

Até, na verdade, acho louvável a iniciativa.

O que já não concordo, nem posso concordar, é com a forma como se tem aproveitado o assunto para se fazer propaganda política, nem a irresponsabilidade estatística de quem toma decisões a este nível.

Isto de dizer que é para todos e apenas alguns têm acesso imediato, estando a grande maioria à espera da sua entrega, apenas para haver publicidade gratuita às medidas é algo que ainda me deslumbra.

A sensatez teria feito, talvez, com que tudo tivesse sido perfeitamente coordenado e o efeito teria sido indubitavelmente maior se todos, de facto, tivessem o seu Magalhães na altura devida (evitar-se-iam situações inacreditáveis como a de Ponte de Lima, que originou o nosso Boomerangalhães).

E esta de pretender, agora, quando se viu que a adesão não tinha sido a esperada, repercutir os custos com a internet nas câmaras municipais é de bradar aos céus.

Mesmo à portuguesa: decidimos sem pensar nas consequências e depois logo se vê!

Palavras para quê? São artistas portugueses, no seu melhor...

Ai, como eu estou hoje!

À Nossa!!!

Hic Hic Hurra

Bottled (em português, Botelho) disse...

Caro Possidónio,

Magalhães é coisa boa
Para se navegar na internet
A sua filosofia é flutuar
Com a água que o Sócrates mete!

A malta cria umas quantas larachas
E a rir vai disfarçando a tristeza
Que é sentir que usam as crianças
Para outra tragédia à portuguesa!

Hic Hic Hurra