quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Num futuro próximo, chamadas destas só a pagar no destinatário (ri-te, ri-te...)

Pois, de acordo com um estudo divulgado pelo BPI, o elevado crescimento da dívida pública vai ter reflexos, para todos nós, a muito curto prazo (estima-se que já em 2015).
Ora bem, como não fazemos contas à Guterres, entendemos que 5 anos passam a correr (já temos alguma experiência de vida para o escrevermos aqui) e, como muito bem salientava ontem uma jornalista da área económica, esta factura, que é o pagamento da dívida pública que não pára de aumentar nem se vislumbra que se possa travar eficazmente (se é que alguma vez admitirá um travão), deverá ser paga já pela nossa geração, isto é, não é um problema que irá afectar só os nossos netos (ou filhos).
Com o desemprego a atingir níveis desgraçadamente preocupantes, com a economia estagnada, com as dívidas a acumularem-se no Estado, que cada vez mais tem de recorrer a empréstimos no exterior para continuar solvente, custa admitir que, ciente destas realidades, o actual Governo nada tenha feito para conseguir impor alguma ordem neste estado de degradação que tem inevitáveis consequências sociais e políticas.
Se o não fez numa altura em que dispunha de uma maioria absoluta, que lhe permitiu governar a seu belo prazer, tememos que agora as coisas ainda mais se compliquem e é com grande tristeza e preocupação que verificamos que, por exemplo, em termos técnicos, a REFER deve ser considerada falida (é este o estado do Estado?).
Mas, como sempre sucede, os nossos responsáveis políticos teimam em fazer passar para a opinião pública uma mensagem de esperança que, note-se, nem mesmo o nosso Presidente da República (homem que até tem alguns conhecimentos na área económica), deixa de sublinhar, não sem antes alertar os responsáveis da função executiva do Estado para o rumo que Portugal está a tomar.
Mais do que palavras, parece-me, necessitamos de actos.
Há que tomar medidas e evitar que o fosso se alargue mais entre nós e a restante Europa (com algumas excepções, que nos acompanham nesta triste figura - olá Espanha, Irlanda e Grécia).
Com efeito, ao escutarmos o nosso responsável máximo pela pasta das Finanças, que nos vem descansar afirmando que tudo está bem encaminhado para que se consiga sair desta crise brevemente ficamos muito mais calmos e serenos.
O que ele não nos diz é que, provavelmente, saindo desta por uma porta, entramos logo de seguida numa outra pior na porta mesmo ao lado.
Bom, mas a esperança, de facto, é sempre a última a morrer.
Oxalá é que a nossa Nação não a acompanhe...
Hic Hic Hurra

2 comentários:

Ticha disse...

O ministro das finanças, aquele que dizia que não se passava nada e de um dia para o outro anuncia a nacionalização do BPN; aquele que diz que está tudo controlado e a taxa de desemprego atinge os 2 dígitos e o défice tornam-se galopante....uma verdadeira pérola o sr.

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara vizinha Ticha,

As pérolas não vivem em ostras?

E estas não habitam no fundo do mar?

Bom, assim sendo, proponho o envio da pérola em questão de regresso a casa.

E, como o mais perto do local de trabalho é o Rio Tejo, pensamos que também serve.

É colocá-lo num cacilheiro, atar-lhe uns pedregulhos aos pés e enviá-lo às ostras, acompanhado de umas quantas embalagens de Eno, sais de fruto, pois também não queremos que as coitadinhas sofram alguma indigestão...

Aproveitava-se o balanço e enviava-se também os colegas de Governo (não sei é se temos sais de fruto suficientes para os bichinhos)!!!

Hic Hic Hurra