Não sabemos ainda se aquele que apareceu no Big Brother em cenas íntimas e escaldantes com uma tal de Marta, que não a do OK Teleseguro, ou aos pontapés a uma tal de Sónia, que não a Nascimento, ou se outro qualquer.
A verdade é que o homem dividiu-se em três, que foi a conta que Deus fez, e o cidadão comum votante ficou sem saber qual em qual deles deveria votar.
Se no que se apresenta bem vestido, engravatado à maneira, com um fatinho janota, a fazer lembrar o noivo à porta da igreja à espera que a sua noiva (no caso, a Câmara Municipal) o aceite em matrimónio.
Se no que se apresenta de forma mais informal, à boa maneira do cidadão que está prestes a entrar de férias remuneradas, porém com uma apresentação cuidada.
Se, por fim, no que se apresenta de fato de macaco, com as cores de Portugal, e galochas aptas a suportar toda e qualquer inundação.
Perante esta indecisão, onde entendemos salientar a evolução que vai desde o executivo, com as duas mãos fora dos bolsos, porém em posição de inércia, passando pelo cidadão normal, com uma mão no bolso e a outra ali ao lado em posição de descanso, até ao trabalhador incansável que, curiosamente, surge com as duas mãos nos bolsos, os eleitores ficaram tão indecisos que, às tantas, no dia crucial utilizaram o célebre método do um-dó-li-tá para deixar a cruzinha da ordem nos boletins de voto e, como havia mais de três candidatos, acabaram mesmo por votar ao calhas, o que prejudicou nitidamente o nosso Avelino.
Que foi o culpado da situação, pois não tinha de se desdobrar assim tanto.
É que um todo-o-terreno da política tem a obrigação de saber que não pode haver qualquer dúvida no eleitorado, sobretudo quando utiliza como frases fortes de campanha o empenho (seria de móveis e material da Câmara?), a coragem (por ter tido o desplante de, depois de tudo o que mostrou anteriormente, tentar de novo a sorte?), o trabalho (ou o emprego?) e a dedicação (à nobre causa do venha-o-meu-ao-fim-do-mês-e-depois-a-gente-fala?).
E cada um tem o que merece, não é?
Salvo honrosas excepções (olá Isaltino e Valentim)...
Hic Hic Hurra
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